5 de novembro de 2012

Intertextual


Amigos, não consulto mais os relógios.
Por que em seu lugar, na parede, 
Agora há um imenso buraco.
Uma ausência
Reveladora de sujeira e mofo.

Se fosse eu
Que um dia me fosse de vossas vidas,
Eu deixaria que os ponteiros aqui permanecessem.
Não para consultar as horas,
Mas parados
Para nos dar a eternidade inteira.







3 comentários:

Luis Gabriel Sousa disse...

O poema por si só já é lindo. Baseando-se no de Quintana ficou: "Di - vi - no"!! Rs

Luis Gabriel Sousa disse...

Chorei!!

Vi uma casa específica, uma relógio específico, uma casal específico, um sofrimento específico, um "fim" específico!

Luis Gabriel Sousa disse...

eu amo este poema.